LEIRIA-Centro Histórico tem 200 edifícios a precisar de restauro
Duas centenas de edifícios do Centro Histórico de Leiria estão sinalizados e a precisar de restauro, o que significa que metade do 'coração' da cidade do Lis está 'doente'.
Os dados foram apresentados pelo vereador da câmara de Leiria, Lino Pereira, durante a Assembleia Geral da Adlei - Associação para o Desenvolvimento de Leiria -, que teve como tema principal 'Centro Histórico de Leiria: um novo impulso'.
Lino Pereira apresentou o ponto de situação do levantamento de edifícios a precisar de restauro, evidenciando, contudo, os "elevados custos associados às intervenções. Dadas as dificuldades financeiras que acarreta uma intervenção profunda no Centro Histórico, o vereador explicou que é intenção da autarquia direccionar os assuntos relacionados com o 'coração' da cidade para um gabinete com competências específicas para o efeito, adiantando estar a ser estudada a modalidade de intervenção, através da Sociedade de Reabilitação Urbana.
Foram enunciadas por Lino Pereira as obras previstas a curto prazo pela autarquia, nomeadamente a intervenção na zona alta da cidade, o reforço da iluminação pública, a construção de um centro cívico na zona do 'buraco', e intervenções ao nível da reorganização do trânsito.
O núcleo histórico de Leiria é composto por 400 edifícios. Há dois anos, mais de meia centena daquele património era considerado pela então autarquia como "problemático" e em avançado estado de degradação.
Reconhecendo que uma recuperação de qualidade no Centro Histórico é demorada e implica recursos importantes e ponderação política e técnica, o arquitecto João Rodeia considera que a revitalização do Centro Histórico pode passar por captar famílias jovens, ponderar o mercado da Terceira Idade e das profissões criativas, defendendo a criação de "mecanismos fiscais que atraiam e fixem pessoas e que "penalizem fiscalmente a construção nova". "É necessário que os equipamentos colectivos do Centro Histórico sejam da melhor qualidade para puderem resistir através dos tempos", afirmou.
O arquitecto leiriense defende ainda o desenvolvimento de políticas de proximidade, explicando as estórias que aconteceram no centro da cidade, promovendo ainda a "cidadania e o espírito crítico consolidada sobre o que vêem". Criar grupos, associações, em trono do Centro Histórico, valorizar o antigo, acabando com o anátema de que 'o que é novo é que é bom'", são outras sugestões de João Rodeia que, durante o debate, sublinhou a importância de "estimular o comércio tradicional, de qualidade, e fixar indústrias criativas, intelectuais".
Defendeu ainda a criação de um "Centro de Interpretação" no 'coração' de Leiria, a realização de um levantamento do património religioso, a edição de roteiros, exposições e outras iniciativas que "valorizem" a história leiriense.
Helena Amaro
Colado de <http://www.diarioleiria.pt/20954.htm>
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